As empresas Alcatel-Lucent e NEC Corporation anunciaram nesta terça-feira (12/02) a decisão de unir suas áreas de pesquisa e desenvolvimento na criação de uma joint venture para o padrão Long Term Evolution (LTE), considerada a quarta geração do padrão CDMA de telefonia móvel. Este, no entanto, será o primeiro passo de uma colaboração mais ampla entre elas, segundo as empresas. Segundo Patricia Russo, presidente mundial da Alcatel-Lucent, em encontro com a imprensa há pouco, a decisão envolve ganhos de escala, maior rapidez no lançamento de soluções ao mercado e mais recursos e expertise para a área de pesquisa e desenvolvimento. " Não é uma iniciativa para reduzir custos. Absolutamente não", reitera a executiva. Segundo ela, a idéia é justamente o contrário: duplicar os recursos para fortalecer a nova companhia. As empresas preferirarm não anunciar o montante que pretendem investir no desenvolvimento de soluções para o padrao LTE, mas disseram que, juntas, terão um corpo de mais de 1 mil engenheiros que serão deslocados para a nova empresa. De controle dividido em partes iguais entre as duas fabricantes, a nova companhia terá seu memorando de entendimento assinado em janeiro de 2009, segundo os executivos. A cooperação na área de pesquisa e desenvolvimento, no entanto, já começou, segundo Kaoru Yano, presidente mundial da NEC. Ele informa que os times das duas empresas já trabalham em parceria há cerca de seis meses. No Japão, por exemplo, a NEC atende a operadora NTT DoCoMo, que já lhe escolheu para uma migração ao padrão LTE. Por seu lado, a Alcatel-Lucent também foi escolhida pela Verizon nos Estados Unidos para tal evolução. Segundo Patricia Russo, a criação da joint venture não significa que a Alcatel-Lucent deixará o negócio de CDMA. " O CDMA ainda representa um mercado muito significativo para nós e iremos continuar a investir", explicou. Segundo ela, a empresa vai continuar a dar suporte aos seus clientes desse padrão "em qualquer plataforma para a qual eles quiserem migrar". Já a NEC, que tem uma parceria com a Nokia Siemens na terceira geração, salientou que não espera "nenhum impacto" nesse negócio por conta da criação da joint venture com a Alcatel, de acordo com Yano. "Vamos continuar a dar suporte aos clientes e produtos de terceira geração da mesma forma", afirma. |